Até a Ciência acha que, o fim de semana deveria ter um dia a mais

Quem nunca suspirou ao pensar que os finais de semana são curtos demais? 

Você já deve ter ouvido, ou ter falado a frase "o fim de semana é curto demais".

Essa sensação é universal e, segundo estudos científicos, vai muito além de uma simples impressão.

Todo mundo acha isso, inclusive a ciência.

Segundo uma análise de 25 estudos feitos pelos Estados Unidos, Austrália e por países europeus, chegou-se à conclusão de que pessoas que trabalham 55 horas semanais ou mais tinham 33% mais chance de sofrer um derrame cerebral e 13% mais chances de ter doenças cardíacas quando comparado com aqueles que trabalhavam menos de 40 horas por semana.

Para chegar a esse dado foram usadas informações de cerca de 600 mil pessoas!

Trabalhar menos também faz as pessoas se tornarem mais produtivas. Desde o século 19 já haviam pesquisas que indicavam que a diminuição nas horas de trabalho gerava uma melhoria no desempenho dos funcionários.

Em 2009 um grupo de pesquisadores de Harvard decidiu testar essa ideia para ver se ela realmente funcionava. Eles inseriram um dia extra de descanso em um escritório, nesse dia os funcionários estavam proibidos até de checarem seus e-mails. 

O resultado? Uma melhoria geral nos serviços!

Agora que tal informação já foi comprovada pela ciência, seria maravilhoso se todas as empresas adotassem um dia extra de descanso ou ao menos uma diminuição da carga horária. :-)

Pesquisas abrangentes, envolvendo centenas de milhares de pessoas em diversos países, revelaram uma correlação direta entre as longas jornadas de trabalho e o aumento do risco de doenças graves como derrame e problemas cardíacos. 

Aqueles que dedicavam mais de 55 horas semanais às suas atividades profissionais apresentavam um risco significativamente maior de desenvolver essas condições em comparação com aqueles que trabalhavam menos de 40 horas.

Mas os benefícios de uma jornada de trabalho mais curta vão além da saúde física. 

A produtividade também é impactada positivamente. 

Históricos estudos, desde o século XIX, já indicavam que a redução das horas trabalhadas levava a um aumento no desempenho dos funcionários. 

Um experimento realizado em Harvard, no qual os participantes receberam um dia adicional de descanso, comprovou essa teoria na prática.

Com base nessas evidências científicas sólidas, a ideia de uma semana de trabalho mais curta, com quatro dias úteis, ganha cada vez mais força. 

Afinal, um dia a mais de descanso por semana proporcionaria inúmeros benefícios tanto para os trabalhadores quanto para as empresas.

Para os trabalhadores:

• Equilíbrio entre vida pessoal e profissional: Mais tempo para família, amigos, hobbies e cuidados pessoais, reduzindo o estresse e aumentando a satisfação com a vida.

• Melhora na qualidade de vida: Possibilidade de praticar atividades físicas, ter uma alimentação mais saudável e dormir melhor, contribuindo para uma vida mais longa e saudável.

• Aumento da produtividade: Com mais tempo para descansar e se dedicar a atividades prazerosas, os trabalhadores retornam ao trabalho mais motivados e focados.

Para as empresas:

• Redução do absenteísmo e do turnover: Funcionários mais satisfeitos tendem a faltar menos e a permanecer por mais tempo na empresa.

• Melhora na reputação: Empresas que oferecem uma semana de trabalho mais curta atraem e retêm talentos, fortalecendo sua imagem no mercado.

• Aumento da produtividade: Equipes mais descansadas e motivadas tendem a ser mais eficientes e inovadoras.

Além dos benefícios individuais e corporativos, a adoção da semana de quatro dias também pode trazer impactos positivos para a sociedade como um todo, contribuindo para a redução da poluição, do congestionamento e do consumo de energia.

Embora a semana de quatro dias ainda não seja a realidade da maioria dos trabalhadores brasileiros, algumas empresas pioneiras já estão implementando essa prática, demonstrando que é possível conciliar a produtividade com a qualidade de vida. 

A tendência é que essa jornada de trabalho mais curta se torne cada vez mais comum nos próximos anos, impulsionada pelas evidências científicas e pelos benefícios que ela proporciona.